segunda-feira, 15 de agosto de 2022

SALVE MÃE OXUM!.

Salve Mãe Oxum! #CronicasdeVida Meu amor pelos Orixás vem de outras vidas. A Mãe Oxum tem um destacado lugar no meu coração pela maneira como acolhe seus filhos e como se mostra amor, amor, amor, e, além disso, no sincretismo, é Mãe Maria e a Mãe em toda sua realeza, assim como Mãe Maria, Mãe Kuan Yin, se mesclam com as Yabás Oxum e Yemanjá o tempo todo. Às vezes, nas canalizações, percebo que a energia da Mãe,a Deusa, é uma só, em diferentes dimensões. Todas as vezes em que tudo a volta falha, a Mãe não falha! O Amor maior nunca falha! Tenho uma passagem forte com Oxum, pois sou cantora e ela rege as artes, a música e as cantoras, a garganta( junto com Xangô) e já ganhei um festival, com letra e música minha, em 94, a Coxilha de Cruz Alta com uma canção que fiz pra ela, numa simbiose com a índia (uma yara, outro nome da Mãe Oxum)da lenda da Panelinha. E quando fiz a música, eu chorava um pouco e compunha um pouco, sob forte emoção. E essa emoção, sabemos, é uma frequência que carregou a canção de forte vibração, que se configurou em luz e vitória no palco, impactou público e jurados e me deu o prêmio que seria meu batismo de sal nos festivais nativistas. A letra é uma simbiose da lenda da Panelinha com uma lenda de Oxum que conta que ela brigou com Xangô, seu grande amor, e chorou muito brava, fazendo tudo virar rio!!! Imaginem! Essa imagem ficou dançando no meu imaginário de mulher e artista por anos. Quando fiz a primeira Conferência Municipal de Cultura, que tenho certeza, foi a primeira do Brasil, em 1988, em Santa Rosa, previ um painel:' Estudo comparativo dos aparelhos culturais de Cruz Alta, Santo Ângelo e Santa Rosa, algo muito inovador, com apoio da sucursal da RBS de Cruz Alta e... ao filmar em Cruz Alta, o quadro da índia, chorando a dor de ter perdido o amado que fora embora, e fazendo uma panelinha de água no solo e lançando uma afirmação que determinou, então, que todo aquele que bebesse da água da Panelinha, voltaria um dia, e isso nunca mais saiu da minha cabeça. Em 94, já morando em Porto Alegre, resolvi homenagear a Mãe Oxum e a india da Panelinha. E criei a 'Panelinha Encantada' , uma milonga que diz assim: Moça que chora faz rio Moça chora e faz rio rio bom de nadar nadar cansa o braço muito mais do que esperar Pocinho d'água dos olhos de alguém que amou uma india morena que no sol se queimou mais cheirosa que a fruta que o tempo provou mais bonita que a lua que o tropeiro não levou Panelinha do rio regaço guardado no tempo de vozes, sonhos, viagens que depois viram vento e vão mudando nos dias na corrente dos pensamentos é quando o amor vira pó e não tem mais alento Panelinha que é lenda viva e sempre contada pros que por aqui passam vão e vem nessa estrada deixando amores perdidos e histórias mal contadas mas que sempre retornam para beber da tua água! Aqui vai também a letra e significado deste mantra lindo que está aqui: Ide were were Ide were were nita ochun Ide were were nita ya Ocha kiniba nita ochun Cheke cheke cheke Nita ya Ide were were Tradução livre: Oxum é a deusa do amor. O mantra fala sobre um colar, símbolo da iniciação ao amor. Escutar o mantra é como se Oxum nos colocasse em seu colo e nos afagasse, curando todas as nossas feridas espirituais, emocionais e físicas. Só uma mãe é capaz de acolher sem qualquer julgamento. Voz/ violão - Eric Bighetti Nossa gratidão Izabel L'Arya 51.980605133 #oxum #panelinhaencantada #coxilhanativista #milonga #izabellaryancantora #compositora #izabelaryan #musicagaucha #nativismo #musicabrasileira.

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