Hoje fiz uma análise dos meus
formadores principais e viram as carinhas de todos na minha memória: A mãe que
me alfabetizou antes de eu entrar na escola: Dona Jandira, que tá no céu, me
entregou lendo e escrevendo e fazendo contas básicas quando entrei no primeiro
ano.
Depois lembro da professora
Themis, na pré-escola, ou Jardim, com seu sorriso e cabelos longos e uma
palavra lhe define no meu imaginário: suavidade e amorosidade. Um pouco mais e
me vem à mente a professora Francisca Francisquini que me fez descobrir que eu
seria uma escritora de textos. Sem recursos para comprar um cartão, improvisei
um de cartolina e lápis colorido e me lembro dela lendo e chorando
copiosamente, surpresa por uma menina de minha idade, 8 anos, escrever daquela
forma. Lembro que o cartão falava em ‘semear o saber’ como uma função primordial
dos educadores.
Depois se mesclam professores da
rede pública e o método franciscano das freiras no Liminha, em Santa Rosa, , e
aí lembro no primeiro, da deliciosa merenda escolar, que auxiliava a minha
manutenção e eu adorava, e lembro que eu adorava cantar o hino nacional antes
da aula, usar uniforme não tanto, mas penso que ele é mais democrático.
Lembro dos professores Jorge e
antes o Paulo, na educação física(que hoje estão tirando do currículo ou é
opcional) que me fizeram a atleta que fui em vôlei, basquete e handebol.
Literalmente: enquanto não estava estudando ou ajudando minha mãe na casa eu
estava, literalmente ‘em cima da bola’. Sou grata, pois os recursos eram muito
poucos porém a criatividade desses mestres auxiliou na trajetória e muitas
medalhas vieram, além de uma compleição física saudável e hábitos fundamentais que
me acompanham até hoje.
Nos cursos intermediários e
depois nas faculdades cursadas e pós, sempre aprendendo, me tornei eu também
uma educadora na área holística, o que também me transformou.
Atuei em vários planos de
governo, nacional, estadual e municipais, e fileiras partidárias pela afinidade
dos programas com a educação integral, ou seja, o aluno estudando e tendo
atividades o dia todo na escola. Acredito que minha própria formação foi o
tambor de ensaio para eu defender essa forma como uma das únicas que realmente
forma um cidadão em plenitude.
Hoje, me voltando para o
voluntariado e terceiro setor, no direito e na educação, me dirijo para um
trabalho suplementador e orientador de pessoas carentes, de todas as idades,
englobando, claro, o acolhimento amoroso
e a educação, reunindo os vários saberes, para orientar e ensinar meios de
sobrevivência a esse número assustador de jovens, e não tão jovens, jogados no
centro de Porto Alegre, onde resido.
Continuo estudando e não vou
parar nunca, pois a vida é um eterno aprendizado e uma missão de passar nosso
conhecimento aos demais: é uma educação de duas vias: aprender e ensinar.
Grata EU SOU aos professores de
ontem e de hoje: nos quais busco me
espelhar na sua dedicação estremada, com salários nem sempre justos, atrasos,
poucas possibilidades, e tomo esse tema como um desafio para mudar este quadro.
PARABÉNS A TODOS OS MEUS MESTRES,
HOMENS E MULHERES QUE ME FORMARAM AO LONGO DA VIDA, NESTE 15.11.2018!
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