segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
A POESIA E O FUTEBOL
O poeta Ferreira Gullar num daqueles dias inspirados, numa entrevista, declarou que a arte e o artista, que é um alquimista, fazem a alquimia, a transmutação, transformando a dor, o que é difícil de ser transposto, em luz, em coisas boas...
O futebol, com sua emoção e poesia, também nos transporta para um mundo de vitória, de disputa saudável, amor coletivo por uma causa e um time. Assim também os dois se completam, pois há muito de poesia sim no futebol.
Ambos nos ensinam a sermos mais sensíveis e lidarmos com as nossas emoções e sentimentos, e, bem sabemos, um dia se perde, noutro se ganha, certamente.
A gente descobriu da pior forma possível que os jogadores, nosso ídolos, tem mãe, esposas, namoradas, filhos, pais, amigos, e assistimos, atônitos, incrédulos a dor desses amigos e familiares, exposta em rede nacional, enquanto chuva, e, tenho a certeza que a mãe da água, Oxum, ou Nossa Senhora, nossa padroeira, se quiserem, também chorava com a gente, amenizava a dor da nossa alma, pois nossa alma chorou a perda desses moços da Chapecoense, jornalistas e profissionais ...
Vamos em frente, com mais poesia e futebol, com mais encantamento e luz, transmutando a dor em alegria, pois o que é a vida nesta curta passagem senão, missão sim, creio nisso, mas também aprendizado e testes profundos para sairmos melhores no final.
Ferreira Gullar, um dos meus preferidos da poesia, e o futebol, outra paixão encantada, e lições aos montes de transmutação de dor e de solidariedade, amizade, amor, família e a vida que segue.
O dia amanheceu calmo e róseo em Porto Alegre hoje!
Reflexões profundas desta semana e aprontar o coração para disputa de mais um campeonato na quarta, na Arena do meu Grêmio!
O tempo não para! A poesia e o futebol também não!
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