Um dia que eu queria esquecer...
Acordei ás 3 e 49 h da madrugada desta quarta. Sou cedeira. levanto ás 5.30 da matina, mas hoje não tinha como ficar deitada.
A rosa da minha mesa desabou, literalmente, como a me dizer: 'quantos jovens com a vida ceifada, né Izabel?'
O acidente descomunal de Medelin nos assombrou. O dia todo, por onde me movimentei, as pessoas tinham a dor estampada no rosto.
Sou advogada, e nossos prazos de trabalho não esperam. Peguei uns autos volumosos (3 volumes) e umas petições e fui a pé para o Forum.
Anestesiados, tristes e sem o que dizer...
Assim nos pegou a terça feira, desde a madrugada.
Chego em casa do Forum e ligo a Tv para acompanhar Brasília e fico mais triste ainda: carros sendo incendiados por um bando de gente maluca, contra a PEC. O senado: um festival de horrores ontem...
Olhei a rosa da minha mesa mais uma vez: ela tinha desabado totalmente, como a me dizer:
'Somos crianças sob ponto de vista espiritual e sob o ponto de vista da cidadania: temos de aprender e crescer com tudo isso.'
Mas que está difícil de andar dentro desse Brasil de hoje, com esperança e força, isso está.
Como sempre, o tempo vai curar todas as feridas e todas as dores e sairemos mais fortes.
Mas hoje, a rosa da minha mesa está triste, se isso é possível:uma rosa triste.
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